quinta-feira, 19 de maio de 2011

Scorsese refilmará Taxi Driver em parceria com Lars Von Trier

Fiquei com preguiça (e pouco tempo) de editar e dei Ctrl + C Ctrl + V ;) (talvez eu venha a editar do meu jeitinho mais tarde)



O diretor americano Martin Scorsese (“A Ilha do Medo“) e o dinamarquês Lars von Trier (“Anticristo“) vão trabalhar juntos num mesmo filme: uma nova versão de “Taxi Driver”. E os cinéfilos já estão tendo calafrios de ansiedade.
Não se trata de um remake convencional. Eles vão usar como base a ideia do documentário “The Five Obstructions“. Lançado em 2003, o filme foi originalmente criado em parceria entre Von Trier e seu compatriota Jørgen Leth, onde Von Trier ditava uma série de regras às quais Leth precisava obedecer para refilmar cinco versões distintas de seu curta “The Perfect Human” (1967), com o objetivo de desconstruir o processo de filmagem. O resultado foram versões curiosas: numa delas, a edição não podia ter cortes com mais de 12 quadros (cerca de meio segundo); outra era uma animação; outra precisava ser filmada no bairro da Luz Vermelha, famoso ponto de prostituição em Amsterdã, e assim por diante.
O novo projeto está sendo chamado de “The Five Obstructions: Taxi Driver” e será filmado por Martin Scorsese a partir de obstáculos criados pelo dinamarquês. Segundo Von Trier, a intenção é aumentar as possibilidades de reinterpretação do filme. “A ideia por trás desses obstáculos é dar ao outro desafios que irão levá-lo para um lugar ao qual as pessoas relutam em ir sozinhas”, explicou.
O longa será produzido como uma parceria entre a produtora de Scorsese, a Sikelia Productions, e a companhia de documentários de Von Trier, a Zentropa Real, com início previsto para o final de 2012, depois que Scorcese terminar de dirigir “Silence”, seu próximo filme depois de “Hugo Cabret”, atualmente em produção.
O projeto tem traços do Manifesto Dogma 95, movimento cinematográfico fundado na Dinamarca por Von Trier e Thomas Vinterberg (“Submarino“). O Manifesto consistia num conjunto de dez regras que os diretores deveriam seguir na construção de seus filmes, com o objetivo de criar um cinema menos comercial e mais realista. As regras abrangiam desde a técnica até a ética nas filmagens.